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ESCOVA PROGRESSIVA

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Tire suas dúvidas sobre Escova Progressiva

 
Tire suas dúvidas sobre Escova Progressiva

 

A procura das mulheres por um novo visual ganhou um capítulo polêmico. A escova progressiva, método para alisar cabelos, está na mira da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas também há vozes que defendem o processo.

A principal polêmica está no uso do formol, substância apontada como tóxica pelo Instituto Nacional do Câncer. Segundo informação divulgada pela Anvisa, ‘os vapores do formol são altamente agressivos às mucosas, olhos e aparelhos respiratórios’.

Além disso, seu uso excessivo pode causar irritações na pele. No Rio de Janeiro, a Vigilância Sanitária recebeu denúncias de vários salões que estariam produzindo clandestinamente o material necessário para a escova progressiva.

Telma Piacesi, técnica da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, comprovou o uso de alisantes caseiros, não sendo fabricados por nenhum laboratório. "Confirmamos que nos próprios salões as pessoas estavam misturando formol, queratina e cremes, e aplicando nas clientes", afirma.

Somente no Rio de Janeiro, dois salões de beleza foram interditados e outros 36 multados pelo uso inadequado do produto. Como recomendação, a Anvisa sugere que as clientes dos salões de beleza verifiquem se o produto a ser usado tem registro no órgão.

OUTRO LADO

Apesar das medidas tomadas pela Vigilância Sanitária, algumas mulheres parecem não acreditar nos riscos. A cabeleireira Zenaide Widmel testou a técnica nela mesma antes de aplicar nas clientes e garante que nunca teve problemas.

"Antes de colocar a escova progressiva no ‘menu de serviços’ do salão, testei a técnica em mim mesma e nada ocorreu. A maioria das minhas clientes aderiu à técnica e a procura cresce a cada dia", conta a profissional.

Para a dermatologista Edileia Bagatin, da Universidade Federal de São Paulo, o formol pode causar irritação, mas não é cancerígeno. "Eu me informei e consultei médicos patologistas que estão há anos no mercado e trabalham diretamente com o produto em cadáveres e todos os tipos de órgãos. Eles me garantiram: o formol causa irritação à pele, com vermelhidão ou alergias, mas não causa câncer", explica.

Adepta do processo, a jornalista Carolina Monteiro, 22 anos, conta que chegou a ter receio, mas que não sofreu nenhum tipo de problema. "Só depois que fiz soube da utilização do formol. Fiquei muito preocupada e com medo do meu cabelo cair ou ficar fraco, mas não aconteceu isso. Já faz três meses que fiz e não tive nenhuma reação", explica.

Apesar de ter gostado do resultado, Carolina, que pagou R$ 80 pela escova, diz que tentaria um novo processo em outra oportunidade. "Gostei muito (do resultado) e faria novamente, mas procuraria outro método de alisamento que não tenha formol".

 

COMO É FEITA A ESCOVA PROGRESSIVA

Tudo começa com a lavagem dos cabelos com xampu de limpeza profunda, para abrir as cutículas (a parte externa dos fios). Depois é a vez da solução que contém formol, aplicada a 1 cm do couro cabeludo. Na seqüência, o cabeleireiro faz uma escova com uma prancha de cerâmica, para reforçar o novo formato. Durante três dias, não se pode lavar, prender e nem colocar o cabelo atrás da orelha. Tratamentos à base de queratina, em casa ou no salão, são fundamentais para manter o brilho e a maciez.

 

TIPOS DE ESCOVA

ESCOVA ORGÂNICA (OU DEFRISAGEM): tira o volume ou deixa os fios mais lisos. O resultado depende do tempo que o produto é deixado no cabelo. O alisamento leva hidróxido de cálcio, que modifica a estrutura interna dos fios, além de proteínas vegetais e animais. Um ativo biológico à base de algas tem o poder de amaciar e hidratar as madeixas. O tratamento deve ser repetido depois de três meses e custa, em média, R$ 300.

ESCOVA DEFINITIVA (ALISAMENTO JAPONES OU RECONDICIONAMENTO TÉRMICO): a famosa chapinha japonesa faz com que os fios fiquem esticadérrimos da raiz às pontas. Usa produtos à base de amônia e com efeito termoativo, que redistribuem a queratina de maneira uniforme, mecha por mecha, com o manuseio de uma espécie de prancha de cerâmica. O efeito dura de quatro a seis meses, mas nem todos gostam do efeito, considerado artificial. O preço varia de R$ 800 a R$ 1.500, conforme o comprimento do cabelo.

ESCOVA SEMI-DEFINITVA: a intenção é transformar cachos e ondas em fios lisos, mas com aspecto mais natural, por quatro meses. Para cumprir a promessa, os salões cobram, em média, R$ 700. O processo é o mesmo da escova definitiva com um ingrediente a mais: o tioglicolato de amônia, princípio ativo que amolece a fibra capilar e torna os fios mais maleáveis. Em vez da prancha de cerâmica, usa-se uma porcelana, que não alisa tanto o cabelo.

ESCOVA FRANCESA: nessa nova técnica, a idéia principal é controlar o volume dos fios. Ela é feita da mesma forma que a progressiva, mas com outras substâncias: amônia e queratina. A fórmula leva ainda silicones e extratos naturais de arnica, camomila, castanha, confrei e jaborandi. A sessão custa em média R$ 150 e dura um mês e meio.

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